O Governo de São Paulo empossou 524 novos delegados de polícia nesta sexta-feira (19), durante cerimônia realizada no Palácio dos Bandeirantes. Com a nomeação, referente ao edital de 2023, o estado passa a contar com cerca de 4,5 mil policiais em formação. Os novos delegados iniciarão o curso de formação na Academia de Polícia Doutor Coriolano Nogueira Cobra (Acadepol), com duração média de seis meses e meio. Ao todo, serão formadas 16 turmas, compostas por 299 homens e 225 mulheres.
“Quando os novos profissionais chegarem às delegacias dos mais diversos pontos do Estado, passarão a ser referência para cidadãos que buscam soluções para seus problemas. Ninguém que é vítima de um crime quer outra coisa senão justiça e a ação do Estado. Que os novos delegados possam fazer a diferença para amparar nosso cidadão e promover a justiça. Todos estão prontos para isso, já que venceram a etapa mais difícil e vencerão outras que virão pela frente”, afirmou o governador Tarcísio de Freitas.
Durante o curso, os alunos participarão de atividades práticas, como armamento e tiro, conduta policial, defesa pessoal, exercício de polícia judiciária e gerenciamento de crises. Também serão ministradas disciplinas teóricas, entre elas inquérito policial, direitos humanos, inteligência policial, técnicas de entrevista investigativa, direito administrativo disciplinar, gestão de pessoas, gestão do patrimônio e atendimento ao público, entre outras áreas correlatas.
“A posse representa um avanço concreto no fortalecimento da Polícia Civil e na capacidade investigativa do estado. Estamos investindo em gente qualificada, preparada técnica e operacionalmente para enfrentar o crime organizado, conduzir investigações complexas e garantir respostas mais rápidas e eficientes à população”, disse o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Osvaldo Nico Gonçalves.
Delegados terão título de especialista
A Academia de Polícia Civil de São Paulo (Acadepol) oferece, desde o ano passado, o título de especialistas na área de direitos humanos para os novos policiais. Anteriormente, o curso de formação era de técnico-profissional para a carreira.
Essa especialização foi autorizada pelo Conselho Estadual de Educação após uma reformulação na matriz curricular e nos planos de ensino.
As avaliações dos alunos também sofreram uma reestruturação. Antes, as provas eram feitas no final de cada disciplina, geralmente escrita, com algumas questões de múltipla escolha, bem como questões discursivas. Mas, com a alteração na forma de ensino, os professores da Acadepol passaram a avaliar até mesmo a participação do aluno desde o primeiro dia de aula.
Essas mudanças foram feitas não só com o objetivo de dar mais destaque a carreira, mas também como forma de mostrar que a academia está empenhada na formação de profissionais mais capacitados, que realmente vão fazer a diferença quando efetivamente estiverem trabalhando nas unidades policiais.
“Todo curso de formação sempre tem uma coisa a mais do que o outro porque surgem crimes, leis, doutrinas e ferramentas novas, então a gente tem a responsabilidade de passar para esse aluno exatamente a polícia que ele vai encontrar”, disse a diretora da Acadepol, Márcia Heloísa Mendonça Ruiz.
